Na manhã desta quinta-feira (01.12), a Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública com o empresário Daniel Cosme Guimarães Gonçalves, dono da empresa New Life Distribuidora de Livros. A audiência foi presidida pelo deputado estadual André Gadelha (PMDB).
Daniel reafirmou as denúncias de que a Prefeitura de João Pessoa teria contratado, em abril de 2010, os serviços de sua empresa por R$ 2.299.529,30 e nunca ter pago a ele, e sim, a um 'laranja' identificado como Pietro Harley Dantas Félix.
Gonçalves também pediu aos parlamentares a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e à Polícia Federal a quebra dos sigilos bancário e telefônico de seis ex-auxiliares da Prefeitura Municipal no ano passado.
São eles: Ariane Sá, Ricardo Madruga, Alexandre Urquiza, Edvaldo Rosas, Coriolano Coutinho e Livânia Farias.
Segundo o empresário, os ex-auxiliares podem responder por vários crimes, inclusive falsidade ideológica, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Todos eles seriam responsáveis pelo processo de empenho e pagamento dos quase R$ 2,3 milhões a Pietro Harley.
Estavam na audiência além de André Gadelha (presidindo a Mesa), os deputados estaduais Luciano Cartaxo, Daniela Ribeiro, Raniery Paulino, Anísio Maia, Toinho do Sopão, Wilson Braga, Francisca Motta, Olenka Maranhão, Janduhy Carneiro, Guilherme Almeida e Vituriano de Abreu, além da vereadora Eliza Virgínia.
Insinuações
Daniel Gonçalves retrucou a frase do atual prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, que disse que essa denúncia era uma 'briga de comadres'.
Ele insinuou que Agra teria uma debilidade psíquica e falou até sobre a sexualidade do prefeito.
"Ele chamou os parlamentares da bancada Federal da Paraíba de marginais. Marginais são os que estão ao redor da Prefeitura de Agra, que deve possuir debilidade psíquica. O prefeito deveria ter mais respeito as pessoas, principalmente porque é um gestor público. Ele falou que essa denúncia era uma briga de comadres. Sou do sexo masculino e não tenho problema com meu gênero. Se ele tem alguma crise de identidade é problema dele", disse.
O dono da empresa New Life distribuidora de livros também insunuou que se algo acontecer com ele, pode responsabilizar alguns servidores da prefeitura da Capital.
"Se alguma coisa acontecer comigo ou com membros da minha família, fica aqui registrado: algumas autoridades da Prefeitura de João Pessoa têm que ser investigados", declarou.